Mesmo tendo o secretário da Previdência do ministério da Fazenda, Leonardo Rolim, afirmado, em 25.04, que a reforma da Previdência não irá zerar o déficit da Previdência, o presidente do Senado tenta emplacar mais um engôdo neo-liberal contra a população ao afirmar que a reforma da Previdência irá equilibrar as contas públicas e gerar emprego e renda.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse na 6ª feira, 26.04, que o Congresso Nacional vai aprovar uma reforma da Previdência capaz de equilibrar as contas públicas do País e gerar mais emprego e renda.
“Há, sim, na reforma, pontos em que há certa divergência entre deputados e senadores. É natural da democracia, vamos debater. Nós vamos entregar para o Brasil uma reforma que possa de fato equilibrar as contas públicas e dar tranquilidade jurídica para o Brasil se desenvolver para gerarmos emprego, gerar mais renda para a população e darmos para os brasileiros o que eles esperam na classe política: emprego. É o que os brasileiros querem e a reforma vai proporcionar isso”,
afirmou Alcolumbre, que a despeito de mero comerciante amapaense, com curso superior incompleto em economia, no Centro de Ensino Superior do Amapá, aventura-se em prognósticos econômicos duvidosos e extremamente improváveis.
Após as promessas mentirosas, de Temer e Meirelles, de que a reforma Trabalhista e a Lei de Terceirização trariam mais empregos, bem como mesmo tendo o secretário da Previdência, Leonardo Rolim1, afirmado, em 25.04, que a reforma da Previdência não irá zerar o déficit da Previdência, o presidente do Senado tenta emplacar mais um engôdo contra a população afirmando que a reforma da Previdência irá equilibrar as contas públicas e gerar emprego e renda.
Não há nada na teoria econômica que possa embasar científicamente essa afirmação exdrúxula de criação de emprego e renda derivada da contração de pagamentos à população e seu direcionamento para os bancos. Isso é um mito, uma mentira, um atentado à inteligência, um embuste, um estelionato.
A declaração do secretário Leonardo Rolim evidencia a fragilidade dos arroubos liberalizantes, em suas promessas de resgate do desenvolvimento econômico do País. Em nenhum país do planeta promessas como essa foram cumpridas.
As soluções liberalóides adotadas pela Europa desde a crise de 2007-2008, sob o tacão do Banco Central Europeu, não resultaram até o presente momento, após 12 anos decorridos, em aumento do emprego e renda da população. Resultaram, sim, no fortalecimento dos bancos. E o resultado observa-se todos dos sábados, desde novembro, nas ruas de Paris o movimento popular reivindicatório de direitos dos coletes amarelos, gilet jaunes.
(1) Leonardo Rolim é funcionário de carreira do Estado Brasileiro, consultor de orçamento, tornado novo secretário de Políticas de Previdência Social. Aprovado em concurso da Câmara dos Deputados em 1999, foi cedido ao Senado Federal, onde foi assessor do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos e diretor da Assessoria Especial de Planejamento e Modernização Administrativa. Rolim é especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), e tem trabalhos publicados nas áreas de previdência e trabalho. Tem mestrado em Administração pela UnB) e graduação em Engenharia Civil pela UFPB Universidade Federal da Paraíba . No Ministério do Trabalho e Emprego, foi assessor do secretário-executivo e assessor especial do ministro.
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